terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Capítulos 22, 23 e 24 do Catecismo Maior de John Owen traduzido para o português com notas sobre o entendimento batista dos sacramentos.

https://www.dropbox.com/s/mfj0tn32ydgmgz3/catecismo_john_owen.pdf

Outros recursos:
goo.gl/xeNJd

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O Culto Aceitável a Deus

Rafael Abreu

link do documento em .pdf:
https://www.dropbox.com/s/am8xz8eb997774u/culto_aceitavel_a_Deus_ebd_26-01-14.pdf

Introdução


O primeiro mandamento é a exigência de que Deus deve ser o único Senhor dos nossos corações. Como tal, e pelo simples fato de Ele ser Deus, deve ser temido, amado, louvado, crido e servido de todo o coração e de toda alma; devemos lhe prestar culto:

Dt.6:13 [NVI]: “Temam o Senhor, o seu Deus, e só a Ele prestem culto, e jurem somente pelo Seu nome.”

Lc.4:8 [PJFA]: “Respondeu-lhe Jesus: ‘Está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás’.”

 O segundo, por sua vez, e, especificamente, diz respeito à lei moral de Deus contra a idolatria. Porém, mais que proibir o uso de imagens (o sim e o não), o segundo mandamento exige que o culto prestado a Deus seja puro, segundo as ordenanças que Ele próprio estabeleceu em Sua Palavra. É sobre isso que falaremos nesse texto.

Esse assunto tem extrema importância. É triste e preocupante a situação em que nossas igrejas se encontram. Não é preciso muito esforço para observar e ver que a “instituição” ganhou tanta importância que nos esquecemos do fato de que o que se faze nessa instituição é para o dono dela. A igreja moderna se tornou lugar de entretenimento; a simplicidade do culto deu lugar a todo tipo de atividade que, em nome de Deus e sob pretexto de adorá-lo, tenta satisfazer as necessidades dos homens e assemelhar-se ao mundo.

A vontade revelada de Deus


Nós temos pecado por não obedecer a Deus nem conhecer sua Palavra ainda que confessemos com nossas línguas que Ele é soberano e que sua vontade é revelada estritamente na Escritura sagrada. Deus sendo Soberano e infinitamente Santo e Justo é o único que pode instituir a maneira aceitável de ser adorado, afinal, a adoração é d’Ele e o povo de quem recebe a adoração também o é. Por sua bondade e graça, Ele nos revelou sua vontade na Escritura. A Escritura é a regra de fé e prática dos eleitos de Deus, nossas vidas devem ser guiadas por ela e nos foi ordenado que dela nada fosse acrescentado ou diminuído:

                Dt.12:32 [PFJA]: “Tudo o que Eu te ordeno, observarás, nada lhe acrescentarás nem diminuirás.”

Os decretos, ordenanças e mandamentos de Deus são perfeitos; quando os adulteramos com frutos de nossa imaginação e com invenções, estamos dizendo que Ele fez algo que pode ser melhorado, ou seja, que Ele não é infinitamente perfeito ou não é capaz, e até mesmo, que podemos fazer tão bem quanto Ele. Portanto, deveríamos obedecer Sua vontade.

O pecado


No entanto, existe uma doença profundamente enraizada no coração do homem: o pecado. Por causa dele, tentamos cultuar a Deus de maneira que Ele não indicou, com coisas que podem ser sentidas e experimentadas; ele é o responsável por tamanho gesto de arrogância.  O pecado é inimizade contra Deus, e nos torna senhores de nós mesmos; nos faz odiar e rejeitar as coisas puras e santas de Deus e enganosamente servir a nossas próprias vontades, as paixões carnais. Deus é espírito e deve ser adorado em espírito e em verdade (Jo.4:24). Estando morto e caído, o homem naturalmente busca o que esteja de acordo com sua carne. Por mais sinceros que sejamos ao prestar culto a Deus, e acredito que, de fato, milhares de pessoas “adoram” e O buscam nas igrejas com sinceridade, se esse culto não for da maneira que Ele próprio estabeleceu e delineou em sua Palavra, não estamos cultuando, mas insultando ao Senhor.
É importante ter em mente a liberdade que nos foi dada, sim! Mas liberdade do pecado, e não liberdade para pecar oferecendo a Deus o que não lhe agrada. Não podemos nos aproximar de Deus ou ter comunhão pelo caminho do nosso próprio coração, mas segundo a vontade de Deus, da maneira determinada por Ele.

Exemplos Bíblicos

A oferta de Caim


O primeiro exemplo de oferta inaceitável a Deus está registrado em Gênesis, capítulo 4.

Vs.3-5: “Ao cabo de dias trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. Ora, atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta, mas para Caim e para a sua oferta não atentou. Pelo que irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.”

Por que Deus não aceitou a oferta de Caim? A Bíblia não diz que a oferta de Caim não foi sincera. O fato de “descair-lhe o semblante” dá-nos a entender o contrário, indica que ele estava desapontado.
Deus, ao matar um animal para cobrir Adão e Eva, havia indicado a forma aceitável de sacrifício. No entanto, Caim não ofereceu um animal, mas sim “fruto da terra”. Essa oferta foi uma invenção da mente de Caim. Note que Deus não havia proibido uma oferta de “fruto da terra”, no entanto, estabeleceu que a oferta seria um sacrifício de animal. Devemos observar atentamente as escrituras para não tropeçarmos numa sinceridade enganosa.

Nadabe e Abiú


O livro de Levítico é uma grande prova de que o próprio Deus é quem determina o culto que Lhe agrada. Todos os ritos cerimoniais são minuciosamente prescritos e deveriam ser seguidos à risca pelos levitas, sacerdotes e por todo o povo. No capítulo 10, temos o seguinte registro:

                Vs.1-2: “Ora, Nadabe, e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário e, pondo neles fogo e sobre ele deitando incenso, ofereceram fogo estranho perante o Senhor, o que ele não lhes ordenara. Então saiu fogo de diante do Senhor, e os devorou; e morreram perante o Senhor.”

Nadabe e Abiú ofereceram algo que o Senhor não ordenara. Novamente, não encontramos na Escritura uma proibição para não levar fogo estranho, ou uma regra para levar apenas um certo tipo de fogo. No entanto a passagem deixa claro que eles foram condenados por terem oferecido algo que não foi ordenado. Alguns argumentam que os filhos do sacerdote foram mortos pelo fato de estarem embriagados, porém, essa hipótese não se sustenta pelo que já foi dito, que eles foram consumidos pois apresentaram “o que Ele não lhes ordenara”.

Davi e a arca


Talvez esse seja o relato mais apavorante, a prova final de que a sinceridade e a melhor das intenções do coração do homem são como nada se não houver obediência à vontade de Deus.

                Vs.3-7: “Puseram a arca de Deus em um carro novo, e a levaram da casa de Abinadabe, que estava sobre o outeiro; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro novo. Foram, pois, levando-o da casa de Abinadabe, que estava sobre o outeiro, com a arca de Deus; e Aiô ia adiante da arca. E Davi, e toda a casa de Israel, tocavam perante o Senhor, com toda sorte de instrumentos de pau de faia, como também com harpas, saltérios, tamboris, pandeiros e címbalos. Quando chegaram à eira de Nacom, Uzá estendeu a mão à arca de Deus, e pegou nela, porque os bois tropeçaram. Então a ira do Senhor se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali; e Uzá morreu ali junto à arca de Deus.”

O povo levava a arca alegremente, com louvores a Deus. Por que Deus matou Uzá? Davi e o povo levaram a arca de maneira que Deus não havia ordenado. Em lugar algum da Escritura há uma proibição contra levar a arca num carro de boi, no entanto, a ordem de Deus era que a arca deveria ser levada pelos levitas em seus ombros (Nm.7:9).

O ritual dos fariseus


Mt.15:1-3: “Então chegaram a Jesus uns fariseus e escribas vindos de Jerusalém, e lhe perguntaram: Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? pois não lavam as mãos, quando comem. Ele, porém, respondendo, disse-lhes: E vós, por que transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?”

A lei de Deus dada a Moisés estabeleceu lavagens como símbolo de purificação, mas a lavagem das mãos não era uma delas. Os fariseus, por melhores que tenham sido suas intenções, acrescentaram sua própria vontade à lei sagrada.

A consequência


O pecado de acrescentar ao culto o que não foi ordenado, além de obviamente causar a rejeição do culto por parte de Deus, nos leva ao antropocentrismo. Cristo deixa de ser o centro; o centro passa a ser o homem e a instituição. Por causa disso, surge o “falso evangelismo”. Busca-se formas de “atrair” pessoas para a igreja ou, ainda, manter os membros, satisfazendo suas vontades fúteis e desagradando ao Senhor do culto. O falso evangelismo é um dos mais terríveis enganos da igreja contemporânea: a igreja adequa-se aos padrões mundanos e à vontade dos homens, para chamar a atenção e entreter os não regenerados. Se estes “vêm” à Cristo não é pelo poder da pregação do Evangelho nem pela fé salvadora em Cristo. Os membros da igreja permanecem membros não pela sã doutrina, mas pelo ambiente que agrada a seus corações corruptos. Há maneira mais terrível de prostituir o corpo de Cristo? Culto só é verdadeiro quando coloca Deus em seu devido lugar e nós no nosso.

O culto aceitável


O culto aceitável é simples, Cristocêntrico e obedece humildemente à vontade soberana de Deus. Os elementos ordenados por Deus para culto de sua própria glória são (foram citados apenas alguns versículos que apontam para os cultos na igreja primitiva):

Pregação da Palavra: Mc.16:15 / At.9:20 / At.20:8-9
Leitura Bíblica: At.13:15 / 1Tm.4:13
Reunião no Dia do Senhor: At.20:7 / 1Co.16:2
Sacramentos (Ceia e Batismo): Mt.26:26-29 / Mt.28:19 / 1Co.11:24-16
Oração: Fp.4:6 / 1Ts.5:17 / Hb.13:18
Cântico de Salmos, hinos e cânticos espirituais: Ef.5:19 / Cl.3:16

Conclusão


Sem sombra de dúvidas, na maioria de nossas igrejas o culto que prestamos a Deus não foi o estabelecido nas escrituras. Será ele aceitável a Deus? Responda as seguintes perguntas: você já se perguntou por que cultua a Deus da maneira como o faz hoje? Você já estudou a Bíblia com o objetivo de saber qual a vontade revelada de Deus quanto à forma de culto que a Ele deve ser prestado? Quais formas de culto no Templo (A.T.)? Essas práticas foram abolidas com o sacrifício de Cristo? Qual a forma de culto nas Sinagogas, na igreja primitiva (N.T.)? Ore e peça que o Senhor lhe dê discernimento. Reflita sobre as seguintes práticas:

Teatros, danças litúrgicas, corais, “solos”, instrumentos musicais, aplausos para Jesus, apresentação de crianças, colocar a mão no coração, e tudo quanto fazemos em nossas igrejas.

“A luz da natureza mostra que existe um Deus, que tem senhorio e soberania sobre todos, que é justo, bom, e faz o bem a todos; e que, portanto, deve ser temido, amado, louvado, invocado, crido e servido, de todo o coração, de toda alma, e com todas as forças. Mas a maneira aceitável de se cultuar o Deus verdadeiro é aquela instituída por Ele mesmo, e que está bem delimitada por sua própria vontade revelada, para que Deus não seja adorado de acordo com as imaginações e invenções humanas, nem com as sugestões de Satanás, nem por meio de qualquer representação visível ou qualquer outro modo não descrito nas Sagradas Escrituras.” – Confissão de Fé Batista de 1689

"Portanto, o fim deste mandamento [segundo] é que Deus não quer que Seu legítimo culto seja profanado mediante ritos supersticiosos [...] E, daí, nos instrui a Seu legítimo culto, isto é, ao culto espiritual e estabelecido por Si Próprio. Assinala, ademais, o que é mais grosseiro defeito nessa transgressão: a idolatria exterior." – João Calvino

“Devemos por isso concluir que nenhuma de nossas devoções será aceitável a Deus a menos que esteja conformada à Sua vontade. Tal preceito lança por terra todas as invenções humanas que é tão cheio de pompa e tolice. Diante de Deus tudo isso nada mais é que puro lixo e verdadeira abominação [...] Querer adorar segundo nossas próprias ideias é simplesmente abuso e corrupção [...] Precisamos ter o testemunho da sua vontade para seguirmos e submetermo-nos àquilo que nos tem ordenado. É assim que a adoração que prestamos a Deus será aprovada.” – João Calvino


Que o Senhor tenha misericórdia de nós.
Glória somente a Deus.


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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O Contexto do Texto:
Quando a Solução Vira Problema


Não é segredo que a teologia dos cristãos brasileiros vai mal das pernas. Não estou dizendo que a teologia fundamentalmente bíblica seja diferente em cada nação e, por conseguinte, que as verdades sagradas sejam melhores em determinados lugares que em outros. Tampouco, quero acusar todos os fiéis de nosso país de iletrados e ignorantes, embora queira dizer que a maioria de fato é. Subentende-se, pela expressão “ir mal das pernas”, que existe uma doença no corpo, embora o corpo não esteja morto em si, afinal, se assim estivesse não poderia andar. É claro, não creio que seja possível que a igreja brasileira esteja morta, visto que nosso gracioso e soberano Deus sustenta e preserva seus remanescentes. Ora, se o corpo não está morto, algo lhe resta de saudável, e é precisamente por isso, pelo fato de haver quem ensine a verdadeira, pura e simples palavra que peço que interpretem a primeira afirmação com cautela.

Teologia de má qualidade é produzida por dois fatores, e o principal deles, como não poderia ser diferente, é o espiritual. Essa verdade é incontestável e confirmada pelas Escrituras:

“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” – 1Co.2:14

“Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” – 2Co.4:3-4

Outro causador de terríveis e infames mazelas, é a negligência quanto ao uso do conhecimento “secular”. Tal negligência se dá de duas maneiras:

      1)  Quando se tem notável conhecimento de algum ramo da ciência e o mesmo subjuga a fé. Nesse caso, o processo de racionalização da fé se dá de maneira incorreta e o entendimento “natural” guia o espiritual. Os pressupostos de quem comete esse erro são aqueles adquiridos da ciência e estão acima das verdades bíblicas; assim, quaisquer questões difíceis são colocadas à prova não pela própria Palavra, mas pelo que se sabe da “ciência”.

      2)  Quando não se tem o mínimo de conhecimento dessas matérias e a análise dos textos bíblicos é guiada pela intuição do intérprete ou métodos duvidosos. Nesse caso é bem comum que se queira estudar hermenêutica, exegese, grego, hebraico e afins sem condições necessárias para tal. Um “salto maior que as pernas”.

O que se vê é um completo descaso com ferramentas dadas por Deus para auxílio na compreensão de Sua palavra. O resultado é desastroso: péssimos intérpretes comunicando o sagrado entre si, sem se compreenderem e sem compreenderem a Bíblia; pessoas sinceras mas equivocadas.

Pode-se observar que, efeito de um ou outro dos fatores citados acima, a falha mais comum ocorre quando o versículo é interpretado à parte do seu contexto. Desconsidera-se a situação em que ocorrem os fatos e daí surge o caos na percepção das verdades do evangelho.  Como se não bastasse esse tipo grotesco de erro apenas, há também quem transforme a solução em problema: nem um versículo por si só expressa verdades do evangelho. Despreza-se todo e qualquer versículo isolado mesmo que dele se extraia exatamente o que o autor queria dizer. (de forma alguma deve-se ignorar o contexto, mas interessante seria imaginar o mundo cristão sem comentários bíblicos versículo a versículo ou pregações expositivas preparadas sem auxílio do método de análise do versículo e o método analítico de estudo). Enfim, uma enxurrada de atrocidades místicas derivadas de devaneios de mentes descuidadas ou de corações perversos e impiedosos que perscrutam a palavra de Deus a fim de encontrar respaldo para suas práticas pecaminosas. Para esses dois tipos de erro, seguem os exemplos abaixo:

1)  1 Coríntios 8. Muitos têm a ousadia de utilizarem-se do texto como argumento favorável a atos pecaminosos desde que os mesmos não escandalizem a seus próximos. Assim, tudo é permitido desde que não haja algum irmão “fraco” por perto. É permitido falar palavrões (expressamente condenados em Ef.4:29, Ef.5:3-7, Mt.12:34-37, 1Co.15:33, Cl.3:8); é permitido fornicar (1Co.6:13, 1Co.5:1-13, Gl.5:19-21, Ap.21-8) desde que para determinado meio social, o sexo entre namorados não seja motivo de escândalo e também é permitido mentir (Jo.8:44, Ef.4:25, Ap.22:15), desde que todos seus amigos sejam mentirosos.

 2)   Mateus 23:33. No contexto, Jesus adverte a multidão a não agir como os escribas e fariseus que conheciam toda a lei e severamente a impunham ao povo quando eles próprios não a cumpriam. Eram falsos mestres que viviam de aparência; conheciam a teoria mas não a prática; hipócritas, orgulhosos, maldosos e perversos que destilavam seu veneno sem temor. No vs. 33 Jesus os chama de “serpentes” e “raça de víboras” e assim são todos os inimigos da cruz de Cristo, caluniadores, blasfemadores, zombadores e ímpios, tanto os que conhecem o evangelho e não foram regenerados quantos os descrentes. Alguns, entretanto, querendo tratar lobos que estraçalham ovelhas com carícias, se sentem incomodados com tais acusações firmes e sob pretexto de amor e respeito ignoram que o próprio Cristo assim chamou essa espécie torpe, ignoram que o próprio Cristo é pedra de tropeço e escândalo para aqueles que foram preparados para a condenação eterna.

 3)   1 Coríntios 6:19. Sugerem alguns que “o corpo é templo do Espírito Santo” é uma afirmação que deve ser considerada apenas quanto ao assunto que Paulo tratava, a imoralidade sexual, e portanto, não cabe em debates sobre outras questões que envolvem o corpo (tais como alimentação saudável, esportes violentos ou tatuagens). Cometem tal erro por não observar que o corpo ser habitação de Deus é a premissa usada por Paulo para concluir que que a imoralidade sexual é pecado. Logo, o fato de o corpo ser habitação de Deus independe do contexto do texto, o que é confirmado por outras passagens que dizem o mesmo em contextos diferentes (1Co.3:16, Rm.8:9, 2Tm.1:14).


Portanto, sejamos diligentes no estudo do Evangelho. Digo isso principalmente a líderes que foram separado pelo próprio Deus para ensinar e proclamar o evangelho aos ignorantes; não sejam também vocês ignorantes!

Soli Deo Gloria


Rafael Abreu